O barbatimão, conhecido cientificamente como Stryphnodendron adstringens, é uma árvore nativa do cerrado brasileiro. Sua casca, rica em taninos, destaca-se por propriedades adstringentes e cicatrizantes, sendo amplamente utilizada na medicina tradicional e objeto de diversos estudos científicos.​Inteligência Humana+1Univittá+1

Propriedades Adstringentes e Cicatrizantes

Os taninos presentes na casca do barbatimão possuem capacidade de formar uma camada protetora sobre tecidos lesionados. Essa ação adstringente contribui para reduzir secreções e inflamações, promovendo a contração dos tecidos e acelerando o processo de cicatrização. Além disso, o barbatimão estimula a formação de tecido de granulação e a reepitelização, etapas essenciais para a recuperação de feridas.​Univittá+2Repositório UEG+2Inteligência Humana+2Inteligência Humana+1Univittá+1

Aplicações Terapêuticas Tradicionais

Historicamente, comunidades utilizam a casca do barbatimão em forma de decocções, infusões e pomadas para tratar feridas, úlceras, queimaduras e outras lesões cutâneas. Além disso, empregam-no para aliviar sintomas de infecções ginecológicas e na higiene íntima feminina, devido às suas propriedades antimicrobianas.​Universidade Federal de Minas Gerais+3Inteligência Humana+3Univittá+3

Comprovação Científica

Pesquisas recentes têm validado os usos tradicionais do barbatimão. Estudos demonstraram que extratos da casca apresentam atividade antimicrobiana significativa contra bactérias como Staphylococcus aureus e Escherichia coli, além de fungos como Candida albicans. Essa ação antimicrobiana é crucial para prevenir infecções em feridas e promover uma cicatrização mais eficiente.​Inteligência Humana+1Univittá+1

Em um estudo realizado pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), pesquisadores desenvolveram um curativo associando o extrato de barbatimão à quitosana, uma fibra natural obtida de crustáceos. Os testes em ratos indicaram que essa combinação acelerou o processo de cicatrização, reduzindo a inflamação e favorecendo a regeneração tecidual.​Universidade Federal de Minas GeraisUniversidade Federal de Minas Gerais+2Univittá+2Inteligência Humana+2

Desenvolvimento de Produtos Cicatrizantes

A indústria farmacêutica tem explorado o potencial do barbatimão na formulação de produtos cicatrizantes. Por exemplo, a Univittá desenvolveu uma pomada contendo 15% de extrato de barbatimão, enriquecida com citronela para repelir insetos. Essa formulação demonstrou eficácia no tratamento de feridas, promovendo uma cicatrização rápida e protegendo contra infecções.​Univittá

Além disso, estudos acadêmicos têm investigado a extração de taninos da casca do barbatimão e sua aplicação em cremes com potencial cicatrizante. Resultados indicam que essas formulações apresentam características favoráveis para aplicação tópica, auxiliando na recuperação de lesões cutâneas.​Repositório UEG

Sustentabilidade e Conservação

Com o aumento da demanda por produtos naturais e fitoterápicos, a exploração sustentável do barbatimão tornou-se essencial. Práticas de manejo sustentável e cultivo controlado são fundamentais para evitar a sobre-exploração e garantir a preservação dessa espécie no cerrado brasileiro.​Inteligência Humana

Considerações Finais

O barbatimão destaca-se como uma planta medicinal de grande valor, com propriedades adstringentes e cicatrizantes comprovadas tanto pela tradição popular quanto por estudos científicos. Seus extratos têm demonstrado eficácia no tratamento de diversas lesões cutâneas, contribuindo para a saúde e o bem-estar. No entanto, é crucial que seu uso seja orientado por profissionais de saúde e que sua exploração ocorra de forma sustentável, garantindo a preservação dessa valiosa espécie para as futuras.